O crente e a árvore de natal

Algumas pessoas estão preocupadas quanto ao uso ou não da árvore de Natal em suas casas. 

Apesar de uma crença de que o uso da árvore veio de uma cultura pagã, devemos analisar a história para saber se é permitido ou proibido.

Uma pesquisa sobre o surgimento da árvore de Natal:

A tradição de montar uma árvore de Natal remonta a muitos séculos atrás e tem suas raízes em diferentes culturas e crenças. Aqui está uma breve história da árvore de Natal:

1. Origens pagãs: Algumas culturas antigas celebravam festivais de inverno para marcar o solstício de inverno, o momento em que os dias começam a ficar mais longos novamente. Os povos pagãos, como os celtas e os germânicos, acreditavam que as árvores verdes eram símbolos de vida e renovação, mesmo durante o inverno rigoroso. Eles decoravam árvores com enfeites naturais, como frutas, velas e símbolos do sol.
2. Influência cristã: A tradição da árvore de Natal começou a se mesclar com as celebrações cristãs do nascimento de Jesus Cristo. No século XVI, especialmente na Alemanha, as famílias começaram a montar árvores de Natal em suas casas e decorá-las com velas, frutas e doces. Acredita-se que Martinho Lutero, um líder da Reforma Protestante, tenha sido a primeira pessoa a colocar velas acesas em uma árvore de Natal.
3. Expansão da tradição: A partir do século XIX, a tradição da árvore de Natal se espalhou para outros países europeus e, eventualmente, para todo o mundo ocidental. A popularidade da árvore de Natal também foi ampliada pela realeza britânica, quando a Rainha Victoria e o Príncipe Albert foram retratados em uma ilustração com seus filhos ao redor de uma árvore de Natal em 1848. A imagem foi amplamente divulgada e a tradição da árvore de Natal ganhou ainda mais destaque.

Hoje em dia, a árvore de Natal é um símbolo icônico das festividades de final de ano em muitas culturas e religiões ao redor do mundo, independentemente da crença individual. Ela é decorada com luzes, bolas, enfeites e presentes embaixo dela, representando alegria, união e renovação.

Portanto, a celebração do Natal é para nós uma das muitas formas e estratégias de anunciar o nascimento de Jesus, que é a luz de Deus para esse mundo em trevas. 

Assim, concluímos que não existe nenhuma proibição bíblica ao uso de Árvore de Natal com enfeites, desde que isso não se torne objeto de adoração. Também não existe um significado espiritual sobre o uso ou não. 

Podemos assim usar o texto de Romanos 14: 5.

“Alguns pensam que certos dias são mais importantes do que os demais, mas outros pensam que todos os dias são iguais. Cada um tenha opinião bem-definida em sua própria mente.”. 

E Paulo ainda continua: 

“Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Pelo contrário, tomem a decisão de não pôr tropeço ou escândalo diante do irmão. Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nada é impuro em si mesmo, a não ser para aquele que pensa que alguma coisa é impura; para esse é impura. Se o seu irmão fica triste por causa do que você come, você já não anda segundo o amor. Não faça perecer, por causa daquilo que você come, aquele por quem Cristo morreu. Não seja, pois, difamado aquilo que vocês consideram bom. Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo”.

Mostrando que existem questões que devem ser tratadas com amor, a tolerância, o respeito e a unidade da igreja.

Particularmente acredito que é possível glorificar ao Senhor até na preparação, enfeite e uso da árvore de Natal. Mesmo que não seja a data exata do nascimento de Jesus, podemos celebrar e comemorar o nascimento do bebê que dividiu a história da humanidade em duas partes (antes e depois de Cristo).

“Portanto, se vocês comem, ou bebem ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. Não se tornem motivo de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos”.

1 Coríntios 10: 31 – 33.

No amor de Jesus Cristo que nos une, Pr André Guímel.